sábado, 7 de janeiro de 2017
Janela de verão
O vento fresco da noite enrosca-se nas rendas da cortina, ele entra sorrateiramente por entre as frestas...
É Noite de verão...Está tão quente! Que posso ouvir os sons da minha transpiração;
Mas não ouso abrir a janela,
Temo as assustadoras baratas voadoras...Que ainda me aterrorizam desde tempos de menina.
Dizem que baratas sempre voam nas noites de verão...
Já é quase meia noite...Eu não consigo dormir...
Vou optar ao meu velho amigo livro...Ler um pouco até que o sono chegue! Mas acabei de lembrar!? Preciso regar minhas violetas...Pobrezitas estão a morrer de sede.
Silencio!..
Todos dormem...
Somente eu sou o antigo morcego da casa...aquele que lê livros, rega flores e vê asas gigantes de baratas que nem existe...
Que pensa em milhões de coisas da vida em plena madrugada...aquele morcego que faz planos que visualiza o futuro...Que deseja plantar rosas que nunca tenha espinhos.
Que vai em busca da felicidade...e volta da cozinha com uma panela de brigadeiros...
Curti a noite tranquila e os simples prazeres da vida...
Cada dia tem um novo sabor de chocolate, com um novo começo!
Sorrindo por fim adormeço.
Texto Luísa Drummond
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